Talvez um dia vás ler
estas palavras e te recordas de tudo o que fiz por ti. Todas as promessas que
tentei cumprir e que não ouvistes. Todos os silêncios que não compreendestes; e
todos os olhares que te fazia. Porque quem tenta e não encontra resposta desiste
da sua tentativa. E assim aconteceu.
Chamaste-me de
sonhador. E sou de facto. Sou uma criança que se recusa a viver a realidade. Sou
o louco que ama o Impossível. E o sonhador que só deseja brincar com a vida que
encontro nos teus lábios. Sou este sonhador. Aquele sonhador. Mas, acima de
tudo, sou o teu sonhador. Só teu. Porque sempre o fui.
A noite chega e com
ela a vontade de te ter. Quero-te a meu lado. Serias minha, só minha, no
aconchego dos corpos e o carinho do abraço. Aquele instante era só nosso. Nem que
estivesses longe. Nem que não me amasses. Esta noite era só nossa. Eu oferecia-te
os lábios quantas vezes o desejasses. Abraçava-te quantas vezes o pedisses. Amava-te
até que o dia acabasse. E no final da noite sonhava contigo.
Recorda-te bem: Chamaste-me
de sonhador. E sou de facto. Sempre o fui. Mas, acima de tudo, sou o teu
sonhador. Só teu. Afinal, sempre vens passar a noite comigo?
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