Não ter rimas,
Nem quadras,
Nem métricas,
(Nem Nada!)
O desejo incorpóreo de inspiração,
Assim vem…
Como uma brisa de vento:Leve, ligeira e calma.
E toca-me com beijos nos meus lábios de pena.
E eu começo,
Num jacto rápido de loucura
A escrever sem nenhuma razão.
A louvar-te,
Que adorável és tu.
Bela, perfeita e tentadora.
É a ti que desejo…
Aquele desejo de te querer possuir.
Tocar carícias de um amor completo
Que nada mais é
Que o amor que sinto por ti.
(Ah! Que beleza é a noite que observo!
As suas estrelas colocadas ao acaso no céu.
Brilham incessantemente
Como não quisessem parar.
Fico atónito,
Como uma criança.
Apaixonado por esta mística presença
Que revela a tua face a sorrir.
Assim vejo os teus delicados vermelhos lábios,
E os teus pequeníssimos dentes finos brancos
A mostrar o teu sorriso fugaz que tanta gula tenho.)
E escrevo…
Escrevo como nunca tivesse uma amanhã.
Num estado de possessão que nada quero.
Apenas ter-te.
A névoa agora toca os passeios da rua
E as luzes vão ficando mais pequenas.
A aurora enfim aparece
E o cansaço surge
Num ímpeto calmo nas veias do corpo
E assim adormeço.
Calmo, cansado
E confuso…
Apenas, antes dos olhos fechar.
Vejo a tua imagem na minha memória a pairar…
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