Na
vida em tudo falhei. Nunca fui verdadeiramente o que quis ser, pois a vida,
para mim, nada mais é que uma estúpida vertigem que eu tenho medo. Os sonhos
que tanto tinha não passaram de mentiras traiçoeiras que fazem-me chorar
lágrimas frias e duras. Talvez, seja o meu destino. Uma mentira tão enorme que
mais valia eu não existir. Uma pessoa como eu não merece viver, pois é um
estúpido anormal que nada entende o que vive.
A
solidão que sinto no meu coração é tão escura e fria, que o simples facto de
recordar de querer ser alguém feliz, injeta amargura nos meus olhos e veneno
no meu sangue. Afinal, a minha imbecilidade, fez que eu falha-se em tudo. Não
sou ninguém.
Sinto
uma confusão de tal forma, que náuseas fortes e um cansaço impossível de
conter, criam um desespero tão penoso que causa dor só de pensar como fingir
que nada se passa quando alguém olha para mim ou quando dirige a palavra. Tudo
são loucuras angustiantes de um sujeito que nada mais deseja o fim de tudo que
existe errado de mim.
Olho
para a janela e vejo que a noite vai adiantada. Escuto o barulho do silêncio da
noite que predomina no meu quarto. Um cansaço enorme apodera-se do meu corpo e
fico a chorar lágrimas curtas a imaginar como feliz seria se nada existe. Nem
mesmo eu.
E
assim adormeço cansado…
Sem comentários:
Enviar um comentário