Foram as lágrimas que
me acompanharam esta noite solitária. As lágrimas e uma tristeza que apertava o
meu coração de dor e saudade, só porque soube que nunca te poderia ter. Nunca
foste minha. Perdi-te. Deixei-te. Sonhei. Mas nada passou disso; de um sonho. Agora,
apenas, resta-me memórias na minha cabeça e lágrimas nos meus olhos.
Aquelas lágrimas que
não param apesar de eu querer para sempre te esquecer. Deitado estou a
contemplar a noite e a chorar com saudades tuas. São umas saudades estúpidas e
sem sentido, porque nunca serão retribuídas. Não me amas. Não me queres. Tudo foi
um erro eu amar-te. Sempre o soube. O meu coração é que sempre te deseja. E agora
sofre porque a verdade foi novamente revelada.
E mais lágrimas. Correm.
Escorregam. Deslizam pela minha face à procura da tua. Queria dizer-te tantas coisas.
Tantos pensamentos eu tenho enrolados no meu peito! Porque motivo amo sempre as
pessoas erradas? E com isto mais lágrimas surgem nos meus olhos. A cada segundo
que passa e que eu penso em ti, uma lágrima desaparece no chão do meu quarto.
Choro tudo. Fico horas
a pensar em ti e porque razão não te posso ter. A culpa nunca foi tua. Foi minha.
E, antes que a última lágrima desapareça no esquecimento, sei o motivo porque
nunca te poderei ter. Apenas porque ninguém pode amar um erro como eu.
Uma lágrima caí. E a última.
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