terça-feira, 17 de junho de 2014


Talvez um dia vás ler estas palavras e te recordas de tudo o que fiz por ti. Todas as promessas que tentei cumprir e que não ouvistes. Todos os silêncios que não compreendestes; e todos os olhares que te fazia. Porque quem tenta e não encontra resposta desiste da sua tentativa. E assim aconteceu.

Chamaste-me de sonhador. E sou de facto. Sou uma criança que se recusa a viver a realidade. Sou o louco que ama o Impossível. E o sonhador que só deseja brincar com a vida que encontro nos teus lábios. Sou este sonhador. Aquele sonhador. Mas, acima de tudo, sou o teu sonhador. Só teu. Porque sempre o fui.

A noite chega e com ela a vontade de te ter. Quero-te a meu lado. Serias minha, só minha, no aconchego dos corpos e o carinho do abraço. Aquele instante era só nosso. Nem que estivesses longe. Nem que não me amasses. Esta noite era só nossa. Eu oferecia-te os lábios quantas vezes o desejasses. Abraçava-te quantas vezes o pedisses. Amava-te até que o dia acabasse. E no final da noite sonhava contigo.

Recorda-te bem: Chamaste-me de sonhador. E sou de facto. Sempre o fui. Mas, acima de tudo, sou o teu sonhador. Só teu. Afinal, sempre vens passar a noite comigo?