quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Musa da Noite

Apetece-me escrever sem parar…
Não ter rimas,
Nem quadras,
Nem métricas,
(Nem Nada!)

O desejo incorpóreo de inspiração,
Assim vem…
Como uma brisa de vento:
Leve, ligeira e calma.

E toca-me com beijos nos meus lábios de pena.

E eu começo,
Num jacto rápido de loucura
A escrever sem nenhuma razão.

A louvar-te,
Que adorável és tu.
Bela, perfeita e tentadora.
É a ti que desejo…

Aquele desejo de te querer possuir.
Tocar carícias de um amor completo
Que nada mais é
Que o amor que sinto por ti.

(Ah! Que beleza é a noite que observo!
As suas estrelas colocadas ao acaso no céu.
Brilham incessantemente
Como não quisessem parar.

Fico atónito,
Como uma criança.
Apaixonado por esta mística presença
Que revela a tua face a sorrir.

Assim vejo os teus delicados vermelhos lábios,
E os teus pequeníssimos dentes finos brancos
A mostrar o teu sorriso fugaz que tanta gula tenho.)

E escrevo…
Escrevo como nunca tivesse uma amanhã.
Num estado de possessão que nada quero.
Apenas ter-te.

A névoa agora toca os passeios da rua
E as luzes vão ficando mais pequenas.
A aurora enfim aparece
E o cansaço surge

Num ímpeto calmo nas veias do corpo
E assim adormeço.
Calmo, cansado
E confuso…

Apenas, antes dos olhos fechar.
Vejo a tua imagem na minha memória a pairar…

As lágrimas não param de nascer dos meus olhos. O fim de tudo causou tal perturbação no meu espírito que, por vezes, torno-me arrogante e estúpido com as verdadeiras pessoas que realmente se preocupam comigo.
Agora sinto-me arrependido por tal atitude precipitada e sofro por tal estupidez que cometi. O sofrimento desesperante é tão abafado que, às vezes, sinto dificuldade a respirar. O meu peito brota tanta solidão escura, que anda unicamente de mãos dadas com a nostalgia que no passado se perdeu e que neste momento, eu tento a todo o custo encontrá-la.
Mas tudo terminou! A alegria, os sonhos, as ambições, os desejos… Tudo isto me dói e me oprime, contudo entendi que esta atitude era necessária para a minha vida. Quem sabe, se no Futuro não encontrarei uma solução para dissipar todas as minhas mágoas e todas as minhas dúvidas?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A Loucura da Noite


Um dia acordei,
Com uma vontade simples de gritar.
Pois nada sei,
De quem sou, nem o que se está a passar.

O estúpido colapso do ser,
Começou a banhar-me em veneno delicado.
E a loucura do perecer,
É o meu Fado único amado.

O triste e cruel destino,
Que só Deus lembrou.
É o caminho esquecido,
Que só o Diabo amou.

Assim se conjuga a minha vida,
Em tais simplórias observações:
Uma dura lágrima sentida,
Que verte em pedaços de ilusões.

A solidão agora abraça-me,
Com frias recordações.
Agora sei que adormeço,
Na noite das soluções...

A estupidez da vida embate suave na ligeireza que os meus olhos filtram, em sôfregas ambições desesperadas que fartam a minha cabeça com interrogações sem sentido, e que eu não quero responder. O tédio contorna-me agora num manto ligeiramente pesado que abafa o meu coração com beijos mortos que enfim chegaram tarde. A ausência total de sentimentos volucres faz-me marear no desconhecido de dúvidas dúbias que abrangem todo o meu humanismo.
Como devo entender; nada sou! A verdadeira ânsia que sinto nas vísceras  da minha Alma não passam de procuras que não sei o que realmente procuro. A busca de tal esotéricas ideias, por vezes, faz-me chorar na realidade verdadeira, pois entendi que nada passa de um sonho de inocente criança.

Talvez  um dia acordes com a simples razão que a tua vida nada é que uma estupidez incongruente de um sonho que se vira em pesadelo. Uma estupidez que nada mais é que uma stressante loucura estúpida meramente decorativa, que Deus simplesmente se esqueceu que realmente existia.
Talvez, eu seja assim: Uma estúpida figura que nada mais deseja que a loucura que a vida apresenta. Sou assim! Um simples sonhador que nada mais utopiza que um leque de meras opções que erram sempre numa prudência subjectiva que me encaminha para o suicídio das ideias que eu tento apagar…
Um Homem sempre deseja enfim, compor meros pensamentos que não levem a lado nenhum para não embater na parede da subjectividade. O abismo da razão do desconhecido faz que nada mais seja: Um simples escritor que agora vai acabar na loucura de que é sentir a tua ausência…
 
 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013


A noite vai adiantada e o desejo lascivo que corre nas minhas veias faz crepitar nos meus olhos volúpias que outrora estavam reprimidas. O desejo de te querer possuir torna-se tão intenso que os meus sentidos confundem-se em tamanha vontade insaciável que os meus lábios anseiam, enfim em te querer somente, talvez, te beijar.
A contemplar a noite, a beleza ligeira e suave do seu tecido invisível que deita-se em cima dos meus olhos faz-me sonhar que um dia te poderei ter. Mas quando acordo entendo que a realidade é outra: Que o amor não existe; ou melhor, nunca existiu…  

sábado, 21 de setembro de 2013


Na vida em tudo falhei. Nunca fui verdadeiramente o que quis ser, pois a vida, para mim, nada mais é que uma estúpida vertigem que eu tenho medo. Os sonhos que tanto tinha não passaram de mentiras traiçoeiras que fazem-me chorar lágrimas frias e duras. Talvez, seja o meu destino. Uma mentira tão enorme que mais valia eu não existir. Uma pessoa como eu não merece viver, pois é um estúpido anormal que nada entende o que vive.
A solidão que sinto no meu coração é tão escura e fria, que o simples facto de recordar de querer ser alguém feliz, injeta amargura nos meus olhos e veneno no meu sangue. Afinal, a minha imbecilidade, fez que eu falha-se em tudo. Não sou ninguém.
Sinto uma confusão de tal forma, que náuseas fortes e um cansaço impossível de conter, criam um desespero tão penoso que causa dor só de pensar como fingir que nada se passa quando alguém olha para mim ou quando dirige a palavra. Tudo são loucuras angustiantes de um sujeito que nada mais deseja o fim de tudo que existe errado de mim.
Olho para a janela e vejo que a noite vai adiantada. Escuto o barulho do silêncio da noite que predomina no meu quarto. Um cansaço enorme apodera-se do meu corpo e fico a chorar lágrimas curtas a imaginar como feliz seria se nada existe. Nem mesmo eu.
E assim adormeço cansado… 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Como um vexame de abelhas na minha cabeça, as ideias negras e desesperantes não param de explodir, numa tendência de um tédio silencioso que eu tento ocultar a todo o custo.
A nobre escolha de seguir um caminho diferente da Humanidade fez-me que fosse um sujeito que sempre ambiciona-se utopias e ilusões que nada mais são que estúpidas e vergonhosas tendências de uma loucura que não consigo controlar.
Talvez, esteja predestinado a ser indivíduo que nunca se irá encaixar nesta sinfonia estúpida que é a sociedade. Ou, quem sabe, uma criança louca e inocente que ama somente mentiras que nunca se poderão tornar-se verdade, pois sei que o é Impossível e Inverosímil. Mas, apesar de tais conclusões, nunca deixarei de ter vergonha de quem realmente sou: Uma pessoa louca que só deseja ser compreendida.
A apatia já tomou conta dos meus perniciosos pensamentos, mas antes do desespero entrar, quero uma coisa fazer. Dizer adeus a toda a réstia de sonho que ainda tenho no meu coração a atormentar a minha Alma.
Acabou. Não quero nada desta merda do cansaço que sinto no corpo. Luto ferozmente contra este mas acabo por ser vencido. E assim acabo. No tédio de lágrimas que nunca terminam…

quinta-feira, 12 de setembro de 2013


Aquele momento em que tu acordas e sentes que tudo a teus pés desabafou e caiu num poço sem fundo onde o negrume da sua profundidade faz calafrios nos nervos pouco seguros da tua vida. É assim a vida de um ser que será para sempre incompreendido e rejeitado até pelos mais próximos. Não me queixo da injustiça da minha vida, apenas não compreendo o que fiz para merecer tal Fado atroz.
Pouco importa as observações complementares que néscios fazem da minha vida, não quero saber. Porque quereria? Somente quero apenas só o silêncio e noite para suspirar comigo todos os anseios da minha alma. Que saudades matinais sinto de caminhar pela estrada e observar na tua face o sorriso inocente de quem eu amo.
Ainda  trago à Memória as lágrimas que derramei por te ver a partir, meu Destino que me prometera ser grande e nada fez verdadeiro. Fui apenas uma marionete explorada que embateu na realidade estúpida e incongruente que nada mais é que a minha infeliz vida.
Amava voltar a trás para entregar-te tudo que merecias: a minha inocência, o meu amor, o meu carinho, a minha ternura, a minha sinceridade… Desejava que estivesses a meu lado a olhar-me com nervosos olhos; e eu abri-a a minha pequena boca recortada avermelhada para te dizer que só tu me salvarás do tédio de uma vida  que é viver sem a tua companhia. Anda, senta-te a meu lado para provares os meus lábios secos e voluptuosos. Ah… Que saudades da minha feliz vida que nunca existiu… Como um mel adocicado que desconhecia, um gosto suave inebria-me de sentimentos contraditórios que ficam guardados na minha Memória…

terça-feira, 10 de setembro de 2013


Como ondas que murmuram nos meus ouvidos; como uma inércia perdida na linha frágil do tempo, assim eu recordo toda a beleza do teu sorriso e a alegria dos teus olhos. O som murmurante das ondas perdidas no horizonte faz-me lembrar todas as palavras que proferiste e que agora estão esquecidas na solidão passageira.    
Talvez esteja certo eu não te merecer. O destino assim exigiu que as nossas vidas jamais tivessem unidas. Não, não tenho receio do futuro, nem desgosto no presente. Aceitei, como inexorável caminho a nossa eterna separação, um dia chegará em que te irei dizer que te amo e que és tudo para a minha vida; mas, enquanto esse dia tarda, pressinto que a distância é o único remédio para sarar as minhas amargas feridas e fendas que ocultas abriram-se no meu coração.
Jamais ousei dizer-te que te amo. Compreendo e aceito que fui covarde. Porém, agora entendo que nunca mais poderei ocultar esta paixão que dilacera as minhas vísceras. Tens um caminho a seguir e eu outro. As nossas vidas que agora ficaram separadas, serão talvez um único sentido possível para a nossa relação – a separação.
Olho novamente para o mar que me envolve em mantos suaves de seda e sinto as minhas mãos cada vez mais leves e o meu corpo cada vez mais distante da realidade. Ao adormecer, revejo a tua imagem a surgir na minha Memória e nos teus lábios a formar-se uma palavra. – “Amo-te…” - Que é apenas uma ilusão...

domingo, 1 de setembro de 2013

Abraço da noite

      Oh noite calma e ligeira que vens beijar o céu com pequenos pontos brilhantes que eu contemplo. Deita-te sobre mim como o teu manto escuro e doentio, onde nesta bebedeira meditativa, acabe por adormecer agarrado a ti a sonhar em mundos e vidas novas, que nada mais são que simplesmente sonhos.
      Assim quero ficar para todo sempre: Agarrado a ti. Neste abraço quente e acolhedor contigo, encostaria os meus lábios aos teus ouvidos e dir-te-ia que te amava só a ti, noite calma e bela que só és tu. Como és perfeita, bela e maravilhosa, noite que eu amo pela simples razão de amar.
      A admirar-te, penso como seria tudo perfeito se um dia eu te pudesse abraçar. Abraçar e assim ficar. Agarrado nas tuas estrelas e no teu manto escuro a sonhar. A sonhar na beleza, na beleza que és tu...