Era louco se de loucura padecia
Por querer beijar
– Provar –
Os teus lábios de rosas
Encarnadas
Que em meus sonhos encontram abrigo.
Mas de loucura a alma ferve
Quando a tua imagem, na ilusão, se desvanecia.
O teu toque nos meus ombros ainda permanece
Como uma mensagem esquecida.
Na glória da noite fria
Eram os teus lábios
– Aqueles que ofereceste –
(Com o teu peito)
Que me aquecia.
Agora estou cansado
E tudo é passageiro como luzes da noite.
Guardo, na minha loucura lúcida, tudo o que és.
O meu desejo.
A minha salvação.
O meu único arrependimento.
E amo-te assim:
Na minha loucura.
Digamos, então, que sou louco.
Louco por te amar.
Louco por te ter.
Louco por te beijar.
Louco para, em ti, poder
– o meu coração –
Abrigar.
Singular beleza em teu sorriso mora
Como uma pena a voar.
Porque por muito que o procure
Está longínquo demais para achar.
Arde em meu peito
A loucura de te achar.
Acho-te na noite; encontro-te nas estrelas.
Para por mim velar.
Se em loucura te amo.
Em loucura vou continuar.
Porque talvez um dia
A loucura me vá encontrar.
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