Encerrava
– em silêncio –
A tua imagem no passado,
Como um quadro esquecido
Uma tela desfeita
Uma folha rasgada.
Numa arca fechada
O teu irónico sorriso
Aí permanecia para sempre.Sem mágoa.
Sem tristeza.
Apenas esquecido
No mar escuro do teu peito.
Entregava-te apenas
Uma mão vazia
Como uma brisa de vento
Que carrega a fúria do meu peito.
Daquele peito que nada se completa no teu.
Vi-te deserta.
(Hoje mesmo…)
Esquecida entre os escombros.
Sentada no teu sofrimento
Com olhar perdido
Sobre quem outrora amaste.
Sozinha.
Esquecida.
Perdida.
– Como eu te desejo! –
(Não te puxei para a margem)
A perdição em que te encontras
Culpa não é minha;
Somente tua.
Pois foste Tu que a criaste!
Sem comentários:
Enviar um comentário