segunda-feira, 15 de dezembro de 2014


Sentei-me defronte à janela, na esperança que, a noite acalmasse o meu espírito. Travei recentemente tantas batalhas silenciosas contra o sono, a insônia, e o medo de te perder para sempre que, - sem saber ao certo o que se passava – aguardava em silêncio a tua chegada para perscrutar o meu espírito com a paz da tua presença.
Felizes aqueles que vivem suas vidas sem preocupações. Que escolheram as suas abençoadas noites para fabricarem sonhos felizes, sem medos. Sem horrores desconhecidos. Sem vestígios de peso no seu peito por um terror ignoto. (A noite pode ser um simulacro esquecido e desumanizado sem as tuas palavras. Se queres que te diga a verdade; é uma noite perdida. Uma noite que não é noite. Uma noite que reina somente a miséria de estar acordado sobre a janela a olhar, em silêncio, para a lua que pousa sobre os meus olhos). Existem pessoas com sorte. Pessoas que dormem sobre a pureza calma e ténue da noite; no entanto, aqui estou eu, formando linhas ténues com os meus olhos e desenhando o teu sorriso nas estrelas da pachorrenta noite. Não consigo dormir, claro está.
A noite – digam-me se estou errado    talvez não foi feita para dormir, mas antes, para pensar. Contemplar mudamente as suas nuvens, as suas estrelas e a lua que ilumina a selva de pensamentos que florescem para um único sentido. E o meu único sentido nesta noite foi a tua presença que tarda. Como em todas as noites.
De silêncio.
Melancolia.
E cansaço.  

(Boa noite minha…)
 
 
 

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