sábado, 25 de outubro de 2014

Mistério

Translúcidas sensações do meu inconsciente,
Pueris sentimentos da minha alma.
Abrigo-me sobre a concha da tua mão
Encontrando assim abrigo para a minha solidão.
 
Curiosa sedução,
Que mora nos teus traços.
Assim meu corpo deseja
Os teus calorosos abraços.
 
(Não sei de onde surgiu
Este ciúme morto.
Ignóbil.
Abúlico.
Sento-me na borda
Das minhas palavras
 
Transformadas em veneno encarnado
Que adocicadas veneram a tua imagem.
Deserta.
Sozinha.
Numa prateleira esquecida.)
 
Desejo
- numa palavra de um louco –
Amar-te sem medida.
Beijar cada sorriso velado;
Cada traço das tuas ondulosas costas.
 
Amo
- e sei que não é suficiente amar-te –
O teu sorriso que esconde o mistério.
O mistério do teu corpo.


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