quinta-feira, 12 de setembro de 2013


Aquele momento em que tu acordas e sentes que tudo a teus pés desabafou e caiu num poço sem fundo onde o negrume da sua profundidade faz calafrios nos nervos pouco seguros da tua vida. É assim a vida de um ser que será para sempre incompreendido e rejeitado até pelos mais próximos. Não me queixo da injustiça da minha vida, apenas não compreendo o que fiz para merecer tal Fado atroz.
Pouco importa as observações complementares que néscios fazem da minha vida, não quero saber. Porque quereria? Somente quero apenas só o silêncio e noite para suspirar comigo todos os anseios da minha alma. Que saudades matinais sinto de caminhar pela estrada e observar na tua face o sorriso inocente de quem eu amo.
Ainda  trago à Memória as lágrimas que derramei por te ver a partir, meu Destino que me prometera ser grande e nada fez verdadeiro. Fui apenas uma marionete explorada que embateu na realidade estúpida e incongruente que nada mais é que a minha infeliz vida.
Amava voltar a trás para entregar-te tudo que merecias: a minha inocência, o meu amor, o meu carinho, a minha ternura, a minha sinceridade… Desejava que estivesses a meu lado a olhar-me com nervosos olhos; e eu abri-a a minha pequena boca recortada avermelhada para te dizer que só tu me salvarás do tédio de uma vida  que é viver sem a tua companhia. Anda, senta-te a meu lado para provares os meus lábios secos e voluptuosos. Ah… Que saudades da minha feliz vida que nunca existiu… Como um mel adocicado que desconhecia, um gosto suave inebria-me de sentimentos contraditórios que ficam guardados na minha Memória…

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