quinta-feira, 12 de dezembro de 2013


A vida não vale as balas desperdiçadas, nem o sangue sujo das ideias negras e ocultas do teu coração. Não o vale porque um dia vais arrepender-te de tudo o que não fizeste, de tudo o que não disseste e de tudo o que não pensaste. Assim o é, porque a vida é um suicídio silencioso que cobre as feridas mal curadas e as aberturas da alma mal fechadas.
Ignota cidade onde caminho, de um cheiro a maresia e sons claros de pássaros desconhecidos; as pedras escorregadias da cidade choram silenciosas preces que eu nunca ouvira. Meus ouvidos inebriados de estranhos e desvairados sentimentos, curiosos agora ficaram e, meu corpo senta-se num banco a escutar e a contemplar tais pedras misteriosas. Apenas preces mudas meus ouvidos ouvem….
Minha cabeça pesa de problemas e dúvidas que as pedras escutam e minha mente fala. Numa sinfonia desajeitada de problemas, como uma agulha minúscula incorpórea, o suicídio da vida novamente atormenta o meu espírito. Imagens ilusórias como névoa formam-se em meus olhos e choro pela incongruente vida não vivida. Mas tudo passa. E apenas a tua imagem finda com um tiro na cabeça. Grito! Mas não te poderei ter, porque o que sentes por mim, apenas são borboletas mortas de sentimentos que eu não compreendo… Porque não me amas, nem te preocupas. Afinal, tudo são borboletas purpura mortas e passageiras…
 
 

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