sexta-feira, 13 de dezembro de 2013


Vazio e mais vazio. Talvez a solidão que sinta agora não é mais que um estúpido vazio que a minha alma deseja. Assim é porque tenho um repúdio seco a tudo o que me chateia. A literatura cansa-me, as pessoas enchem-me, as estrelas enervam-me e as palavras secam a minha língua cansada. Estou farto de tudo, até do que não fui nem posso ser. A ilusão mentirosa faz-me acreditar em mortas ideias que não passam de loucuras de um sonhador. Um sonhador que caiu no vazio.
No vazio de tudo. Esse vazio que me preenche a alma de gritos calados e de beijos perdidos do destino das coisas esquecidas. Involucres medos de perder tudo faz-me, no silêncio meditativo do pensamento, ansiar por ser simplesmente um sonhador vazio. Não quero ser feliz. O próprio acto de ser feliz cansa-me numa procura estúpida dessa mesma felicidade. Não, não quero ser feliz. Quero ser eu mesmo.
Amar as pessoas que não merecem, desejar tudo o que não posso e querer possuir algo que não detenho. Apenas somente quero ser eu mesmo. Nem nada mais ouso ansiar do que não seja ser isso mesmo, ser apenas eu. Eu perdido, eu vazio, eu louco, eu romântico, eu triste, eu desesperado, eu sonhador, eu! E se o meu eu não é para ser descoberto contigo então que seja apenas no vazio do tempo perdido…
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário