sexta-feira, 13 de dezembro de 2013


Estou farto de toda a espécie de literatura desespero e anti-originária. Cria-me náuseas observar a pestilência das palavras ditas por ignorantes que ousam escrever. Arruína-me pensar que agora toda a gente escreve porque toda a gente tem sentimentos. O quão nobre e delicada tarefa de escrever, passou nos dias de hoje, como utensílio pra muitos hipócritas sentimentalistas, que pensam que escrever é apenas o sentimento dizer.
A arte arruinou-se a si mesma, num pecado envenenado silencioso, ao deixar que todos os melodramáticos romancistas escrevessem os seus escombros perdidos e degenerados de maldade. Pessoas sem escrúpulos estas, que oprimem toda a novidade literária pela sua arrogância mais suprema e mais vergonhosa; a da literatura.
Nem todos sabem escrever, mas todos escrevem. Algo tão natural como jogar à bola. Nem todos nascem para serem jogadores como nem todos nascem para escreverem. Contudo, a literatura atingiu tal infâmia vergonhosa que qualquer bicho careta publica a sua obra, o seu trabalho, a sua vergonha mais elevada para o mundo literário. Estou descontente com o que leio; maus escritores existem e péssimos nem vale o comentário. Afinal, toda a gente escreve…
 
 

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