sábado, 7 de dezembro de 2013


Demasiados problemas sobem, como penas sopradas pelo vento, à minha cabeça. Apesar de eu nada querer, estes insistem em perdurar nos meus pensamentos. Eu e eles, numa luta silenciosa, a esmurrar interrogações incompreensíveis que quero esquecer. Problemas, e problemas, e problemas…
Problemas que nunca ousei descobrir, aparecem agora com lágrimas passadas numa vida que eu fora feliz. Na cama estou, e com olhar sonhador observo as pequenas luzes penduradas no céu tecido de escuridão. Um silêncio incomodativo banha-me agora de obscuros desesperos mudos. E lágrimas…
Quero esquecer tudo! Queimar tudo o que existia! Mas esse tudo volta como cinza e faz-me recordar de todos os momentos que eu quero esquecer. Palavras… Medos… Incertezas… Tristezas… Angústias… Desesperos… Ódios… Porque tudo volta se quero tudo esquecer?
Problemas… Afinal, toda a minha vida é feita disso: problemas. Não mereço nada nem quero nada, porque sei que vou novamente falhar em tudo. Acima de tudo, sou um autêntico falhado com deveras problemas. Mas porque será que só a mim os problemas me amam? Mas serei eu o problema, ou és tu o problema, e negas que o és?
 
 

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