domingo, 23 de março de 2014


Foram as lágrimas que me acompanharam esta noite solitária. As lágrimas e uma tristeza que apertava o meu coração de dor e saudade, só porque soube que nunca te poderia ter. Nunca foste minha. Perdi-te. Deixei-te. Sonhei. Mas nada passou disso; de um sonho. Agora, apenas, resta-me memórias na minha cabeça e lágrimas nos meus olhos.
Aquelas lágrimas que não param apesar de eu querer para sempre te esquecer. Deitado estou a contemplar a noite e a chorar com saudades tuas. São umas saudades estúpidas e sem sentido, porque nunca serão retribuídas. Não me amas. Não me queres. Tudo foi um erro eu amar-te. Sempre o soube. O meu coração é que sempre te deseja. E agora sofre porque a verdade foi novamente revelada.
E mais lágrimas. Correm. Escorregam. Deslizam pela minha face à procura da tua. Queria dizer-te tantas coisas. Tantos pensamentos eu tenho enrolados no meu peito! Porque motivo amo sempre as pessoas erradas? E com isto mais lágrimas surgem nos meus olhos. A cada segundo que passa e que eu penso em ti, uma lágrima desaparece no chão do meu quarto.
Choro tudo. Fico horas a pensar em ti e porque razão não te posso ter. A culpa nunca foi tua. Foi minha. E, antes que a última lágrima desapareça no esquecimento, sei o motivo porque nunca te poderei ter. Apenas porque ninguém pode amar um erro como eu. 

Uma lágrima caí. E a última.
 
 

 

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