domingo, 25 de agosto de 2013

Eu apenas sou. Sou o que existe. O que existe em mim e nada mais. Afinal, sou uma merda. Uma merda ambulante e repugnante que irrita os outros com coisas que só me diz respeito. Para que chateio os outros com coisas que não devia? Porque falo e não esqueço as pessoas que não merecem? Com que sentido e desejo, tenho eu de falar; somente apenas para simplesmente falar contigo... A noite vai adiantada, a aurora do novo dia começa, numa embriaguez doentia, a teimar em surgir. E assim fico, como uma criança triste, abandonado no mundo, a chorar mágoas duras e frias que causam sofrimento de uma vida que queria ter. Mas, enfim compreendo que nada é como desejo. Não te tenho! E eu... Eu sou uma merda que ninguém quer saber se sorri ou se chora; se vive ou se morre. Contudo, ouve-me: eu quero-te mais do que tudo. Bem sei que é impossível, mas eu sinto que nada sou sozinho. Agora, o sol começa, por fim a mostrar o seu sorriso estúpido, e eu fico a contemplar a sua beleza e a pensar como seria bom eu ter-te a meu lado... Apenas para te abraçar e dar-te toda a ternura e carinho que mereces. E assim ficávamos os dois a trocar carícias e olhares doces porque o destino assim o quis.

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