quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Portugal e o Futuro

Muitas vezes perguntamo-nos que Futuro teremos para este país, que já anuncia a sua morte à bastante tempo. Caímos na realidade dolorosa e ficamos rendidos às evidências que todos os dias explodem no noticiário fugaz que, em menos de meio minuto esclarece que estamos afundados numa crise sem fim há vista. Mas uma pergunta é aqui exigida, ou quem diz uma, diz várias: Quando começou, efetivamente esta crise? A quem devemos? A culpa será nossa? Ou dos outros países? 
Se reparamos bem, Portugal nem sempre foi “um mestre” a gerir os seus dinheiros. Ao analisarmos historicamente, o País e as suas matemáticas nem sempre foram de régua e esquadro. Nomeadamente no século XVIII, no tempo áureo do ouro do Brasil e das despesas colossais do rei magnânimo D. João V, existiram investimentos desnecessários e sem sentido, onde obrigaram as gerações futuras a encargos financeiros deveras penosos e atrozes para pagar o dinheiro que foi emprestado pelos credores.
Após anos de distância em nada mudou o espírito do povo português, apenas talvez os nomes, as pessoas e os países em questão. Quando Portugal entrou efetivamente para o União Europeia no ano de 1986 esperavam-se anos gloriosos acompanhados por um desenvolvimento rápido e veloz num país atacado pela ruralidade e por uma mentalidade retrógrada. Para isto, entraram “rios” de dinheiro em naus vindas da Europa nominados de “fundo perdido”, onde apenas tinha-se se pagar 10% do que era emprestado. Com estas facilidades em fazer nascer dinheiro no país, Portugal começou numa explosão evolutiva a investir em meios não-transacionáveis que mostraram-se mortíferos para os anos que se seguiam.
Sem margem para dúvidas apesar de séculos de distância, em nada mudou. Investimos o dinheiro em coisas que não valiam e não traziam investimento, muito dinheiro foi desviado para extravagâncias de privados e o povo, como a história nos ensina, é que paga “as favas ao dono”. A culpa, como muita gente apregoa, não é da Europa, não é da Alemanha e também não é do FMI\Troika. A culpa somente é dos ignorantes, corruptos, falseadores e hipócritas governantes e políticos que geriram e governaram este país ao longo destes anos. Agora se me perguntam, o que o governo está a fazer é legítimo e compreensível, apenas uma resposta é possível; Acordai, a ilusão acabou, não há dinheiro e não somos ricos. Temos de pagar de alguma maneira. Os milagres acabaram e Jesus Cristo já passou pela terra à mais de vinte séculos. Assim caminhamos, sem esperança, num futuro hipotecado e num estado disfuncional, mas o que fazer? Sem dinheiro e com dívidas não somos ninguém. Mais vale pagar a dívida, com esforço e dedicação do que ser vendidos a outro país ou ser expulsos da Europa, assim é que o futuro era muito mais negro. Enfim… Apenas uma recomendação: O Futuro somos todos nós, lutemos por um melhor.

 

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