Muitas vezes perguntamo-nos que Futuro teremos para
este país, que já anuncia a sua morte à bastante tempo. Caímos na realidade
dolorosa e ficamos rendidos às evidências que todos os dias explodem no
noticiário fugaz que, em menos de meio minuto esclarece que estamos afundados
numa crise sem fim há vista. Mas uma pergunta é aqui exigida, ou quem diz uma,
diz várias: Quando começou, efetivamente esta crise? A quem devemos? A culpa
será nossa? Ou dos outros países?
Se reparamos bem, Portugal nem sempre foi “um
mestre” a gerir os seus dinheiros. Ao analisarmos historicamente, o País e as
suas matemáticas nem sempre foram de régua e esquadro. Nomeadamente no século
XVIII, no tempo áureo do ouro do Brasil e das despesas colossais do rei
magnânimo D. João V, existiram investimentos desnecessários e sem sentido, onde
obrigaram as gerações futuras a encargos financeiros deveras penosos e atrozes
para pagar o dinheiro que foi emprestado pelos credores.
Após anos de distância em nada mudou o espírito do
povo português, apenas talvez os nomes, as pessoas e os países em questão.
Quando Portugal entrou efetivamente para o União Europeia no ano de 1986
esperavam-se anos gloriosos acompanhados por um desenvolvimento rápido e veloz
num país atacado pela ruralidade e por uma mentalidade retrógrada. Para isto,
entraram “rios” de dinheiro em naus vindas da Europa nominados de “fundo
perdido”, onde apenas tinha-se se pagar 10% do que era emprestado. Com estas
facilidades em fazer nascer dinheiro no país, Portugal começou numa explosão
evolutiva a investir em meios não-transacionáveis que mostraram-se mortíferos
para os anos que se seguiam.
Sem margem para dúvidas apesar de séculos de
distância, em nada mudou. Investimos o dinheiro em coisas que não valiam e não
traziam investimento, muito dinheiro foi desviado para extravagâncias de
privados e o povo, como a história nos ensina, é que paga “as favas ao dono”. A
culpa, como muita gente apregoa, não é da Europa, não é da Alemanha e também
não é do FMI\Troika. A culpa somente é dos ignorantes, corruptos, falseadores e
hipócritas governantes e políticos que geriram e governaram este país ao longo
destes anos. Agora se me perguntam, o que o governo está a fazer é legítimo e
compreensível, apenas uma resposta é possível; Acordai, a ilusão acabou, não há
dinheiro e não somos ricos. Temos de pagar de alguma maneira. Os milagres
acabaram e Jesus Cristo já passou pela terra à mais de vinte séculos. Assim
caminhamos, sem esperança, num futuro hipotecado e num estado disfuncional, mas
o que fazer? Sem dinheiro e com dívidas não somos ninguém. Mais vale pagar a
dívida, com esforço e dedicação do que ser vendidos a outro país ou ser
expulsos da Europa, assim é que o futuro era muito mais negro. Enfim… Apenas
uma recomendação: O Futuro somos todos nós, lutemos por um melhor.
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