terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sinto uma mágoa seca e perturbante a embater-se, pesada e desconfortante, nas minhas costas. A ilusão sonhadora de ter uma vida melhor faz nascer tristes lágrimas nos meus cansados olhos e desespero no meu coração. Acreditava, que o futuro poderia trazer novos caminhos para os meus pés pisarem. Mas nada aconteceu. A monótona espera da mudança de rumo da minha vida originou amargura no meu peito, por nada acontecer. Que irei fazer, se a minha vida nada mais é do que uma solidão sozinha?
Agora, não sei o que sinto ao certo. Uma angústia difícil de exprimir isola o meu coração de toda a alegria que outrora sentia. Dor, cansaço e infelicidade banham os meus pensamentos obscuros, que tentam adormecer todas as recordações dolorosas que agora foram apagadas.
Enfim encontro algo que me satisfaz a minha tristeza: o revolver pesado e frio metálico do meu pai. Ao encosta-lo á cabeça, sinto como seria agradável acabar com todo o sofrimento, apenas com um só disparo. Mas algo trava-me. Um cansaço insuportável faz-me deitar na cama e sonhar… Sonhar apenas como seria bom sonhar ter uma nova vida e esquecer que certas existiram… Assim fico, e assim adormeço.

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